domingo, 30 de outubro de 2016

Tecnologias Educacionais: um novo olhar sobre a docência

Você certamente já se deparou com algum texto falando sobre a evolução do mundo e sobre os impactos da tecnologia na sociedade. Quem nunca escutou em uma roda de conversa com pessoas mais velhas a seguinte expressão: Ah, mais no meu tempo era assim... 
Falar em tecnologia requer um conhecimento histórico, ou quem sabe um simples olhar para o passado, na tentativa de pontuar ou verificar as mudanças cotidianas provocadas pela invenção de aparelhos ou programas cujo objetivos de sua existência são para otimizar o tempo. 
A tecnologia modifica ações, comportamentos e  pensamento e consequentemente ela é mudada também. A tecnologia passou a fazer parte do dia a dia, e sua presença traz questionamentos diversos que envolvem o meio ambiente, a economia, a política, as crenças e culturas e a educação. 
Frequentemente se ouve falar que tudo mudou na era da tecnologia, no mundo da conectividade e da  interação tecnológica, menos a educação. Tudo no mundo educativo continuar ultrapassado e tradicional, o mesmo espaço físico, a mesma disposição estrutural: professor, conhecimento e aluno. Tudo da mesma forma como era a 100 anos atrás... Mas será que isso é verdade? 
Será que esse discurso que se repete por aí,  é a única realidade? 
Será que só o simples fato de adicionar aparatos tecnológicos em uma escola é o suficiente para um ensino moderno?
Até que ponto a tecnologia muda o fazer pedagógico e cria novos métodos?
Será que a mudança do ensino começa com novos recursos tecnológicos?
Será que quando falamos em educação e tecnologia, referimos educação como passado e tecnologia como futuro?
Não se pode omitir o fato de que as novas tecnologias facilitam o trabalho docente, por meio delas há uma otimização do tempo, mas de nada adianta tanto recurso se não mudar a prática pedagógica. 
As tecnologias não estão simplesmente para substituir um recurso por outro, estão para modificar o papel de cada sujeito da educação, estão para transformar os métodos. 
Falar em tecnologia educacional é falar sobre a postura de cada sujeito envolvido no ensino-aprendizagem. É essa a mudança necessária. Professor não só transmite, mas cria e orienta. Aluno não só recebe informação, mas constrói e transforma. A sala de aula não é apenas um subdivisão de escola, mas o espaço de reconstrução de conceitos e comportamentos e que não precisa ser somente um ambiente físico. 
A grande mudança tecnológica que a escola realmente precisa é motivação dos professores para querer mudar, aprender e recriar sua prática. Assim surge uma nova forma de ver todo o processo de ensino: com quebra dos velhos paradigmas de que professor sabe tudo, de que  excelente professor é aquele que mantém a disciplina, ou é mais rígido.
Ampliar na função da docência um tempo para cursos de capacitação e reciclagem, espaço para pesquisa e aperfeiçoamento e a conscientização de que professor é uma profissão desafiadora que necessita ser ensinada com qualidade e não ser vista apenas como dom divino.